Formações& Capacitações&
Oficinas

Ao longo de dois fins de semana, o Coletivo Ayoká realizou mais um ciclo formativo dentro da 5ª edição do Cultura Viva, desta vez dedicado ao estudo e à prática do afroturismo e da economia criativa como caminhos de fortalecimento dos terreiros. Foram encontros marcados por diálogo, troca de saberes e reconstrução coletiva de perspectivas sobre autonomia financeira e valorização cultural.

Durante as formações, discutimos como os terreiros, historicamente espaços de resistência, memória e acolhimento, também têm desenvolvido modos criativos de gerar renda e sustentar suas atividades. Falamos sobre iniciativas tradicionais que já fazem parte da vivência de muitos terreiros, como o trabalho de baianas que vendem acarajé, mostrando como esses saberes ancestrais podem ser reconhecidos como fontes legítimas de sustento e protagonismo econômico.

A partir disso, ampliamos o debate para o afroturismo, entendendo-o como uma forma de compartilhar a riqueza cultural, espiritual e histórica dos terreiros. Discutimos como receber visitantes, organizar vivências, apresentar tradições, rituais e histórias, criando experiências que educam, valorizam a ancestralidade e fortalecem financeiramente as casas de axé, sempre com ética, respeito e responsabilidade.

Falamos também sobre como essas práticas não beneficiam apenas o espaço físico do terreiro, mas também as pessoas que o compõem. A formação buscou incentivar filhos e filhas de santo a reconhecerem seus talentos, seus saberes e suas possibilidades de empreender de maneira alinhada à sua própria ancestralidade.

Esses dois encontros reforçaram que a economia criativa nos terreiros não é apenas uma estratégia de sustentabilidade, mas um ato de autonomia, valorização identitária e afirmação da potência do povo de axé.

Essa ação integra a 5ª edição do Edital Cultura Viva, iniciativa que fortalece os Pontos de Cultura e reconhece o papel essencial da cultura na promoção da diversidade, da educação e da transformação social.

Ao clicar na imagem abaixo, você pode conferir as fotos desses encontros formativos.

O Coletivo Ayoká realizou, ao longo de dois fins de semana consecutivos, um importante ciclo formativo dedicado a aprofundar o debate sobre o racismo e suas estruturas históricas e sociais, com foco no contexto do Ceará. Cada encontro foi marcado por escuta sensível, reflexão crítica e a construção coletiva de saberes.

Durante as duas formações, participantes se reuniram para compreender as origens do racismo, suas permanências e as consequências que moldam o cotidiano das pessoas negras. Discutimos como o racismo estrutural organiza desigualdades no Brasil e no Ceará, e como ele se manifesta nos territórios, nas instituições e nas relações.

Mais do que teoria, esses encontros se colocaram como espaços vivos de conscientização, responsabilização e transformação. Falar sobre racismo é um ato necessário e urgente, que exige coragem para encarar a verdade histórica e responsabilidade para repensar práticas, narrativas e comportamentos. É um debate que não diz respeito apenas ao povo de terreiro, mas a toda a sociedade comprometida com um futuro mais justo.

A partir da troca de experiências, da sabedoria ancestral e da formação crítica, reafirmamos a importância de construir e preservar espaços de resistência, memória e reconstrução de saberes. São esses encontros que alimentam a luta coletiva contra todas as formas de discriminação.

Essa ação integra a 5ª edição do Edital Cultura Viva, iniciativa que fortalece os Pontos de Cultura e reconhece o papel fundamental da cultura na promoção da diversidade, da educação e da transformação social.

Ao clicar na imagem abaixo, você pode conferir as fotos dos dois encontros formativos.

o Projeto Omodé: Grão em Grão se Faz a Tradição, uma iniciativa que resgata, valoriza e transmite os saberes ancestrais da cultura afro-brasileira para as novas gerações. Através de oficinas culinárias, as crianças mergulham no universo dos sabores, aprendendo sobre a importância cultural e espiritual de cada preparo.

Nossos encontros já começaram, e as primeiras oficinas foram um verdadeiro sucesso! No primeiro encontro, exploramos os Doces do Axé, conectando os pequenos às tradições iorubás e seus significados. Já na segunda oficina, foi a vez dos sabores salgados, onde as crianças conheceram temperos, técnicas e os valores culturais que cada prato carrega.

Cada momento vivido é um passo na preservação e fortalecimento de nossas raízes. Seguimos firmes na missão de transmitir o Axé, grão em grão, geração após geração.

Clique na imagem abaixo e confira as fotos e vídeos do projeto.

O Projeto Mulheres Ayoká é uma iniciativa pioneira, criada por mulheres de axé das comunidades tradicionais de matriz africana, visando expandir suas atividades através deste edital. Nosso objetivo é destacar o poder e a capacidade das mulheres de axé em gerar e ocupar espaços artísticos e culturais, incluindo áreas como composição musical, percussão e canto. Estamos comprometidas em quebrar barreiras e afirmar a presença feminina no universo da musicalidade de axé.

O projeto "De Grão em Grão se Faz a Tradição: as crianças na culinária de Axé" realizou a primeira Mostra Degustativa de Culinária de Axé, com foco na experiência das crianças de Candomblé. Inspirado nas práticas do Candomblé, ensinou as crianças a valorizar a natureza e a usar grãos, ervas, frutas, e verduras, enfatizando uma dieta rica em fibras e minerais. Visou criar um espaço para compartilhar conhecimentos sobre a alimentação africana e afro-brasileira, incentivando hábitos saudáveis. Sob a orientação de adultos, as crianças prepararam alimentos, promovendo a tradição culinária de Axé. O projeto também aumentou a visibilidade das comunidades de terreiro por meio de um documentário e um canal informativo sobre a vida das crianças na comunidade de Candomblé, destacando seu papel ativo na cozinha.

O objetivo da oficina foi introduzir o agbê/xequerê a iniciantes, pessoas que nunca tiveram contato prévio com o instrumento. Focando na oralidade e na corporalidade, a oficina explorou os ritmos Ijexá e Maracatu sob a perspectiva da cultura africana, oferecendo uma base sólida e acessível para os participantes começarem a tocar.